A Igreja e a pessoa integral
Levando em consideração a
epidemia mundial que a sociedade está passando, alguns bispos no Brasil
decretaram suspensas todas as atividades religiosas por tempo indeterminado.
Alguns homens e mulheres observam esta atitude como "falta de fé" e esbravejam
nas redes sociais, momentos históricos que a reação da Igreja é distinta da
ação dos Bispos de hoje.
A reflexão sobre a salvação e a
vida eterna não é isolada apenas num idealismo utópico, mas é real e sua
plenitude é uma ação escatológica. Porém, a vida
momentânea não deve ser um paralelo insignificante. Na hierarquia dos tempos,
isto é, a primazia do espiritual, sobre o material, o conceito tomista de
analogia de santo Tomás nos faz entender a ação honrosa de nossos bispos, pois
a realidade última implica necessariamente uma atitude prática terrena.
O ser humano é integral. Cuidar da Alma subtende
para a teologia, cuidar da pessoa humana. Assim é uma incoerência cuidar da
alma e não se comprometer com o corpo. A Igreja quando exerce o seu múnus de
governar, santificar e ensinar não fragmenta a pessoa humana, mas olha o todo,
entende a característica integral da pessoa e, por ser pessoa também entende
que é uma categoria aberta para o outro, isto é, o ser humano não é um ser
isolado, mas está em constante relacionar. Dessa forma, é missão da Igreja o
cuidado social, pois entende que a pessoa está inserida no meio social.
Assim sendo, diante da experiência da escuridão que
a humanidade passa, possamos confiar no Cristo, Ele é a luz que veio para
iluminar o mundo e nos ensinou que estaria "conosco todos os dias, até o fim do
mundo" (Mt, 28,20). Salve Maria Imaculada!
Seminarista Luilson Siqueira
Seminarista Luilson Siqueira